Na última quinta-feira (16) o traficante Luciano da Silva Teixeira de 36 anos, conhecido como Sardinha e que foi preso em 2014, precisou ser transferido. Ele saiu da Penitenciária Vicente Pragibe e foi levado para o presídio de segurança máxima Bangu 1. Ambos fazem parte do Complexo de Gericinó, que fica localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. E motivo pela qual o prisioneiro precisou ser transferido de um local para o outro foi devido a uma conduta errada feita por ele nas dependências do local. Ele ingeriu bebida alcóolica, fez uso de telefone celular e também utilizou de Wi-Fi dentro das dependências da unidade prisional. Tudo isso que o presidiário fez, foi provado por imagens que o mesmo divulgou.
As fotos em que Sardinha aparece cometendo os atos dentro do presídio, ainda contam com a presença de sua mulher. A identidade da esposa do traficante, no entanto foi mantida sob anonimato para preserva-la. Ao visitar a cela onde o homem estava, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) informou que encontraram vários itens. Como por exemplo foram encontrados nas dependências onde o preso permanecia cerca de R$26,8 mil em espécie, também foram encontrados 31 telefones celulares, roteadores e também foram encontradas muitas drogas no local.
A respeito dos fatos, a Seap informou em uma nota feita que a Corregedoria acabou abrindo uma sindicância para que os fatos a respeito da situação fossem apurados.
Após ser encaminhado para o presídio Bangu 1, Sardinha precisou prestar depoimentos a respeito das imagens que foram divulgadas. No entanto, ele relatou que as fotos foram feitas por ele sim, mas que o telefone usado para que as fotos fossem feitas não era dele. Ele conseguiu o telefone emprestado com outro detento do presídio, e que não tem conhecimento algum de como as fotos podem acabar tendo sido vazadas. Além de aparecer nas fotos ingerindo bebida alcóolica e comendo aperitivos na companhia de sua esposa, Sardinha também aparece com um cordão em seu pescoço. Ele relatou que este cordão que aparece em seu pescoço nas imagens também foi obtido dentro do Vicente Piragibe. Ele relatou em depoimento também que as fotos que foram vazadas foram tiradas durante o ano novo. A respeito do que se vê junto com ele, como as latas de cerveja e os aperitivos, ele conta que foram encontrados dentro de latas de lixo na unidade.
O traficante está no presídio para cumprir uma pena de 15 anos e 4 meses por tráfico de drogas. Deste período determinado pela sua sentença, Sardinha já cumpriu quatro anos e oito meses. A determinação judicial a respeito do caso do traficante é de que a sua pena seja inteiramente cumprida em regime fechado. Mas, já em 2017 o criminoso conseguiu o direito de cumprir o restante de sua pena fazendo uso do regime semiaberto. Porém, esta medida não foi para frente, e acabou caindo. Mas mesmo assim, o criminoso acabou indo para Vicente Piragibe, que é o local para onde os detentos que enfrentam penas de regime semiaberto são levados. Mesmo que ele não estivesse em regime semiaberto, Sardinha se encontrava no local até o momento de sua transferência que ocorreu na última quinta-feira (16) diante das provas que foram fornecidas a respeito do comportamento do detento nas dependências do presídio.
Segundo a nota da Seap, logo que tomaram ciência a respeito das imagens que foram divulgadas onde Luciano da Silva Teixeira aparece consumindo bebida alcóolica a situação foi encaminhada para o setor de inteligência. E por isso, o preso acabou sendo levado para Bangu 1. E em seguida foi feita a revista em sua cela no antigo presídio. E em decorrência da investigação a respeito das imagens divulgadas, foi concluído de fato que elas foram feitas no Ano Novo. O que ocorreu antes da atual gestão do local, onde foram iniciadas as operações Asfixia, Iscariotes e Bloqueio, que tem como seu principal objetivo impedir que qualquer tipo de material ilícito entre no presídio.
Ainda segundo foi informado pela Secretaria, foram encontrados durante a revista na cela do preso, 99 trouxinhas de erva seca, 1.050 balinhas de haxixe, 332 papelotes de pó branco, com características de cocaína, 31 celulares, dois roteadores Wi-Fi e R$26.898 em dinheiro. Também foi feito um registro a respeito da ocorrência e os materiais da cela foram apreendidos. Uma sindicância foi instaurada também pela corregedoria para que os fatos fossem apurados e sejam analisados para saber a respeito de como estes materiais ilícitos tiveram sua entrada garantida no local.
A Seap aproveitou para esclarecer que no momento vem fazendo esforços para que os materiais ilícitos não tenham uma entrada facilitada nos presídios. Estão dificultando cada vez mais para que os prisioneiros não tenham acesso este tipo de material no interior dos presídios. Isso visa impedir que os prisioneiros acabem tendo contato com o mundo exterior. A Secretaria informou que não irá medir esforços para que isso ocorra cada vez mais e que estes materiais sejam barrados e não adentrem nos presídios.