O funileiro Allan Vieira Okuma se encontra em uma briga na Justiça para conseguir conquistar a guarda de sua filha de 12 anos de idade. A criança foi abandonada pela mãe em um orfanato no Japão. Atualmente ele mora em Praia Grande, localizada no litoral de São Paulo. Ele está tentando trazer a menina para morar com ele no Brasil após perder o contato com sua ex-esposa.
Agora Okuma vive no Brasil, mas anteriormente ele chegou a morar por 14 anos no Japão. O casamento com a mãe de sua filha durou apenas um ano destes que ele esteve no país. Eles tiveram uma filha, e logo então o brasileiro acabou retornando para o Brasil. De acordo com o que o funileiro relatou, a ex-esposa retirou o nome do brasileiro da certidão de sua filha, a abandonou em um abrigo, e nunca mais foi localizada.
Ele relatou que estava promovendo uma campanha para arrecadar fundos para trazer a criança para o Brasil, pois não conseguiria arcar com todos os custos necessários, como passagens aéreas, hospedagem e os gastos com advogados. Mas, ele só irá conseguir êxito na retirada da criança do país após conseguir provar que de fato ela é sua filha.
Aos 12 anos de idade, ele que é nascido em São Paulo, acabou se mudando para morar com o seu pai, que é japonês, na cidade de Gunma que fica a cerca de 150km de Tóquio. Ele conheceu a mãe de sua filha em 2002, o casal acabou se casando em 2006. Mas o relacionamento entre eles acabou não dando muito certo, e se separaram no ano seguinte da união.
A respeito da situação da criança, ele relatou que logo após a sua separação com a ex-esposa ela decidiu tirar o sobrenome do pai do registro da criança. Mas não justifico porque teria tomado tal atitude. Ele relatou que a motivação da ex para que ela retirasse o sobrenome do pai do nome da criança, possivelmente ocorreu por raiva. Allan ainda conta que no Japão este tipo de coisa pode ser feito pela mãe, e que o sobrenome do pai pode ser retirado sem que ele saiba do nome do filho. Ele contou que mesmo após a separação ainda morava no Japão, e via a sua filha sempre aos finais de semana, e que a ex-esposa só revelou para ele que havia feito isso depois de pronto.
Allan contou que não havia concordado de forma alguma com o ato de sua ex-esposa, e que chegou até mesmo questionar a ela e pedir para que isso fosse desfeito. Mas a mulher se mostrou irredutível e não voltou atrás a respeito da mudança de nome que havia feito em sua filha. Após isso, por questões pessoais Allan teve que retornar para o Brasil no ano de 2014. Ele contou que tentou trazer a sua filha para o país, mas que a mãe da criança não deixou de forma alguma que o pai trouxesse ela com ele para o Brasil. Ele conta que a mulher negou que ele obtivesse a guarda da menina, mas que logo que ele chegou ao país, ela acabou mudando de ideia. Mas, neste ponto, Allan não tinha mais recursos disponíveis para poder trazer a criança para o país, pois os custos eram muito altos e ele não tinha dinheiro no momento para isso.
Depois de três anos que Allan retornou ao Brasil, ele foi até o Japão com um visto de turista, que garantia sua permanência somente por três meses, como garantido na legislação. Nestes três meses ele sempre estava com a sua filha durante os finais de semana. Porém, ao retornar novamente para o Brasil, ele acabou não conseguindo mais ter contato com a jovem.
Um tempo depois, a ex-esposa de Allan o ligou e perguntou se ele ainda pretendia ficar com a menina. Ele respondeu para ela que sim, e questionou o motivo da pergunta. A mulher não o respondeu a respeito. Porém, no momento ele não tinha o dinheiro necessário para entrar com o processo para trazer sua filha para o país. Ao ver que a situação se estendia, a mulher começou a fazer ameaças dizendo que se Allan não fosse buscar a filha que ela colocaria a criança para adoção. Ele conta que achou que estas ameaças ocorriam somente para apressar o processo. E a mulher de fato acabou colocando a criança em um orfanato.
Ele conta que desde então acabou perdendo o contato com a ex-esposa que ligava para ele através do Facebook, que era o único contato que eles tinham. No início do ano ele acabou conseguindo o telefone da avó de sua filha, e foi assim que ele conseguiu entrar em contato e ficou sabendo a respeito de sua filha estar em um orfanato após a mãe a abandonar.
Ele entrou em contato com o Consulado-Geral do Brasil em Tóquio e foi informado que precisará de entrar em um processo para conseguir a guarda da filha.